O câncer é a segunda causa de mortes no Brasil, respondendo por aproximadamente 17% dos óbitos. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), só neste ano, serão cerca de 490 mil novos casos no País. Os avanços da medicina têm contribuído para elevar de maneira expressiva os índices de cura e sobrevida. Mas o melhor caminho é a prevenção, como tudo que diz respeito à saúde. Em se tratando de câncer, não é preciso ir atrás de fórmulas milagrosas. A receita preventiva é bem prosaica e pode ser sintetizada numa frase: manter um estilo de vida saudável.
Isso significa adotar uma alimentação rica em fibras, vegetais e frutas, com pouca gordura e poucos carboidratos (doces, açúcar); controlar o peso; e praticar atividade física regular (não é preciso ser atleta, 30 minutos de caminhada, no mínimo três vezes por semana, são suficientes). Estudos do Inca mostram que a combinação desses elementos simples poderia evitar cerca de 20% de todos os casos de câncer no Brasil. Além disso, é preciso não abusar da exposição ao sol e usar protetor solar para prevenir o câncer de pele. Para os fumantes, há uma regra extra e fundamental: abandonar o cigarro. O tabaco está associado a vários tipos de câncer – pulmão, laringe, boca, esôfago, pâncreas, bexiga, estômago e de rim –, além de doenças cardíacas e pulmonares. O tabagismo é o principal fator evitável do câncer.
Tão importante quanto adotar hábitos saudáveis é incorporar à rotina a realização de exames periódicos, que permitem detectar precocemente eventuais anormalidades. Para as mulheres, esses exames são o Papanicolau (para detecção precoce de câncer de colo uterino, a partir do início da atividade sexual) e a mamografia (para o câncer de mama). Para os homens, os cuidados em relação ao câncer de próstata começam a partir dos 45/50 anos com exames periódicos de toque retal e, dependendo de orientação do médico, de dosagem da proteína PSA (antígeno prostático específico), embora alterações de PSA não estejam obrigatoriamente associadas ao câncer de próstata. Para ambos os sexos, a partir dos 50 anos, é importante realizar ainda colonoscopia ou a pesquisa de sangue oculto nas fezes associada à retossigmoidoscopia, para prevenção do câncer de intestino. Todos esses são tipos de câncer de alta incidência na população, mas são tratáveis, e os índices de sucesso aumentam com a detecção precoce. Para fumantes, costuma-se recomendar ainda a tomografia de tórax de baixa radiação, a fim de identificar eventuais lesões no pulmão.
Algumas vacinas se somam ao arsenal preventivo, como a contra o HPV, vírus associado ao desenvolvimento de câncer de colo uterino; e para algumas pessoas, como hemofílicos e profissionais da saúde, a vacina contra a hepatite B, doença que pode provocar cirrose e câncer de fígado.
Tão importante quanto adotar hábitos saudáveis é incorporar à rotina a realização de exames periódicos, que permitem detectar precocemente eventuais anormalidades. Para as mulheres, esses exames são o Papanicolau (para detecção precoce de câncer de colo uterino, a partir do início da atividade sexual) e a mamografia (para o câncer de mama). Para os homens, os cuidados em relação ao câncer de próstata começam a partir dos 45/50 anos com exames periódicos de toque retal e, dependendo de orientação do médico, de dosagem da proteína PSA (antígeno prostático específico), embora alterações de PSA não estejam obrigatoriamente associadas ao câncer de próstata. Para ambos os sexos, a partir dos 50 anos, é importante realizar ainda colonoscopia ou a pesquisa de sangue oculto nas fezes associada à retossigmoidoscopia, para prevenção do câncer de intestino. Todos esses são tipos de câncer de alta incidência na população, mas são tratáveis, e os índices de sucesso aumentam com a detecção precoce. Para fumantes, costuma-se recomendar ainda a tomografia de tórax de baixa radiação, a fim de identificar eventuais lesões no pulmão.
Algumas vacinas se somam ao arsenal preventivo, como a contra o HPV, vírus associado ao desenvolvimento de câncer de colo uterino; e para algumas pessoas, como hemofílicos e profissionais da saúde, a vacina contra a hepatite B, doença que pode provocar cirrose e câncer de fígado.
Há, no entanto, um grupo da população que precisa redobrar os cuidados: pessoas que trazem uma carga hereditária que as predispõe ao câncer. Nesses casos, é preciso um programa preventivo específico, contemplando a realização dos exames de praxe com maior freqüência, além de alguns adicionais. Assim, para uma mulher que tenha predisposição para câncer de mama ou ovário, ultrassonografias seriadas e ressonância magnética ajudam a detectar anomalias em estágio inicial; em um paciente com predisposição para câncer de intestino, a colonoscopia será feita com mais frequência.
Como saber quando uma pessoa carrega essa carga hereditária? Por meio do aconselhamento genético. A partir de um mapeamento (heredograma) que abrange membros de duas ou três gerações da família, checa-se a predominância de determinados tipos de câncer. Estuda-se, então, em um dos parentes que teve a doença, qual o gene alterado e é feito um exame genético para avaliar se o paciente em foco tem essa mesma mutação. Caso positivo, o acompanhamento é mais intenso, com ações preventivas para minimizar os riscos.
Não se pode evitar a carga hereditária. Mas, além do controle mais rigoroso, também aqui o indivíduo pode fazer a sua parte. Como? Com a mesma receita preventiva básica que vale para todos: alimentação saudável, distância do cigarro, atividade física e controle do peso.
fonte Einstein-saude
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